quarta-feira, 8 de maio de 2013

ANTES DE FALAR EM PARCELAMENTOS E NECESSARIO PRIMEIRO CUMPRIR O QUE DETERMINA A LEI



06/04/2013 - SANTO ANDRÉ
 SANTO ANDRÉ QUER PAGAR METADE DA DÍVIDA ATÉ O FINAL DO ANO
 Por: Gislayne Jacinto  (gislayne@abcdmaior.com.br)

 
Pelas contas de Alberto, decisão da Justiça abonha mais recursos da cidade. Foto de Andris Bovo
Pelas contas de Alberto, decisão da Justiça abonha mais recursos da cidade. Foto de Andris Bovo
 
Meta do prefeito Carlos Grana é acabar com problema deixado por Aidan Ravin até 2015
 O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), pagará até o fim do ano metade da dívida de R$ 117 milhões deixada pelo seu antecessor, Aidan Ravin (PTB). “A diretriz geral é de que neste primeiro ano eu consiga equacionar em 50% essa dívida e trabalhar no segundo ano para pagar 25% e no terceiro ano mais 25%. A expectativa é de que chegue no último ano de governo com essas dívidas equacionadas”, disse.

O prefeito afirmou ser essa sua expectativa desde que não haja imprevistos.  “Não sabemos o comportamento da economia, dos gastos. Temos de olhar dia a dia, mês a mês, para que possamos equacionar as dívidas herdadas”, afirmou.

Grana revelou no início do ano rombo de R$ 110 milhões deixado por seu antecessor.  Para sanar o déficit, o petista determinou uma economia de cerca de R$ 500 milhões no Orçamento deste ano.
A maior dívida recebida por Grana foi no setor da Saúde: R$ 18,7 milhões. Na sequência, apareceu a Craisa com R$ 17 milhões. Outros débitos foram na Assistência Social: R$ 6,2 milhões; pagamento de obras em andamento na educação: R$ 5,5 milhões; depósitos insuficientes de precatórios: R$ 3,6 milhões (precatórios são dívidas judiciais por desapropiações ou de processos trabalhostas do funcionalismo, por exemplo) ; contas de água atrasadas: R$ 3,7 milhões e despesas sem previsão de que seriam gastas: R$ 2 milhões.
Mais aperto
No entanto, a dívida aumentou para R$ 117 milhões porque semana passada o TCE (Tribunal de Contas do Estado) cobrou mais R$ 7 milhões de dívidas de precatórios deixadas pelo ex-prefeito Aidan.
De acordo com o secretário de Orçamento e Planejamento da Prefeitura, Alberto Alves de Souza, a Prefeitura depositava 3,27% de sua receita em na Justiça exclusivamente para pagamento de precatórios, mas o índice deveria ser de 4,27%. De 2010 até novembro do ano passado foram depositados R$ 109 milhões.

Prefeito diz que decisão do STF sobre precatório prejudica cidade
A recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que considerou ilegal nova legislação que possibilitou o parcelamento dos precatórios em 15 anos será muito prejudicial para Santo André na avaliação do prefeito Carlos Grana (PT).

Para o chefe do Executivo, a falta de parcelamento prejudicará a cidade e interromperá novos investimentos, caso a decisão seja mantida em definitivo pelo STF.

“No caso de Santo André, nós estávamos dentro do que havia de planejamento, uma situação confortável, mas com a decisão do Supremo criou-se um grande vazio, nem  o próprio STF nos reponde o que vai no lugar”, afirmou o prefeito.

Grana disse que o pior desastre seria ocorrer novamente a justiça bloquear o caixa da prefeitura, pois comprometeria o município e levaria ao caos. “Imagina uma cidade do tamanho de Santo André, com 13 mil funcionários públicos e milhares de compromissos que você precisa honrar com fornecedores, com as crianças, merenda, saúde, seria um caos. A dívida de precatório de Santo André gira em torno de R$ 1 bilhão, quase um orçamento de recursos arrecadados pelo município”, concluiu. 

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