sábado, 18 de maio de 2013

Estados e municípios farão uma proposta para o Supremo Tribunal Federal

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Estados e municípios farão proposta ao STF para pagar precatórios

STF derrubou parcelamento, mas não definiu nova forma de pagamento.
Segundo AGU, novas regras podem ser definidas pelo tamanho da dívida.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
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Estados e municípios farão uma proposta para o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pagamento de precatórios, informou nesta terça-feira (14) o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
Precatórios são títulos de dívidas que o governo emite para pagar quem vence na Justiça processos contra o poder público. O dinheiro é repassado aos Tribunais de Justiça, que liberam os valores aos credores.
Em março, o Supremo derrubou regra que permitiu o parcelamento da dívida em 15 anos, além de considerar ilegal o índice de correção dos valores a receber pela caderneta de poupança para o pagamento de precatórios. O tribunal entendeu que o índice não respeitada as perdas inflacionárias.

O tribunal, porém, não modulou a decisão, ou seja, não estabeleceu a partir de quando vale o entendimento e nem criou uma regra transitória sobre a caderneta de poupança. Para solucionar a questão, o ministro Luiz Fux decidiu que o pagamento pode continuar como está até que o STF module.
Nesta terça, Adams, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se reuniram com Fux, que ficou de apresentar aos demais ministros do Supremo uma proposta de modulação.
Segundo Adams, não se chegou a uma solução, mas a AGU vai analisar o caso juntamente com a OAB e representantes dos estados e municípios. A expectativa, disse o advogado-geral, é criar-se regras diferentes conforme o montante da dívida de cada um.
"Não chegamos a uma solução de modulação. São possíveis até vários tipos de modulação dependendo da unidade da federação. Os estados, a AGU, os municípios e demais interessados devem se reunir, discutir e propor soluções de modulação. [...] Devemos preparar algumas propostas de medidas a partir do que o STF entendeu como inconstitucional e apresentar solução que pode ser adotada para compatibilizar considerando cada realidade específica."
Conforme o AGU, alguns estados não têm dívidas com precatórios. Adams explicou que, na próxima semana, entrará com ação formal no STF explicando que será elaborada uma proposta. "Isso não deve ser alongado até porque os estados estão sofrendo por parte dos tribunais sequestros [de valores para pagamentos]."
Dívidas de R$ 94,3 bilhões
Levantamento realizado no fim do ano passado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que, até o primeiro semestre de 2012, estados e municípios brasileiros acumularam dívida de R$ 94,3 bilhões em precatórios, em valores não atualizados.
O governador de São Paulo disse que o estado conseguiu reduzir a dívida com precatórios desde 2009, mas que em dezembro do ano passado o valor somava R$ 15,9 bilhões. Segundo Alckmin, a preocupação é com a possibilidade de sequestro de valores e com o índice de correção.
"Nenhum de nós parou de pagar. Acabamos de pagar, no mês passado, R$ 287 milhões em precatórios. Há espaço para se buscar uma solução que preserve o credor. O que queremos é pagar, mas que isso não estabeleça riscos de governabilidade", afirmou.
Fernando Haddad afirmou que atualmente a Prefeitura de São Paulo deve cerca de 20% dos precatórios do país. "Estamos comprometendo a receita líquida em quase 3%. A cidade de São Paulo deve o equivalente a 20% do volume de precatórios do país. É evidente que, diante dessa realidade, o ministro Fux percebeu que talvez essa modulação não possa ser homogênea, não possa ser igual para todo mundo porque as realidades são muito diferentes. Então, está nos dando tempo."
Luís Inácio Adams disse que outra solução, ainda não descartada, é buscar diálogo com o Congresso para que uma lei regule o pagamento de precatórios com base na decisão tomada pelo Supremo.
"A solução legislativa não é descartada, agora tudo isso faz parte desse grande entendimento que é possível fazer para produzir solução que resolva a questão ao mesmo tempo que não se inviabilize a governabilidade."

quarta-feira, 8 de maio de 2013

COMISSAO DE PRECATORIOS ENCAMINHA PARA CONHECIMENTO DE TODOS OS Vereadores

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ANTES DE FALAR EM PARCELAMENTOS E NECESSARIO PRIMEIRO CUMPRIR O QUE DETERMINA A LEI

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06/04/2013 - SANTO ANDRÉ
 SANTO ANDRÉ QUER PAGAR METADE DA DÍVIDA ATÉ O FINAL DO ANO
 Por: Gislayne Jacinto  (gislayne@abcdmaior.com.br)

 
Pelas contas de Alberto, decisão da Justiça abonha mais recursos da cidade. Foto de Andris Bovo
Pelas contas de Alberto, decisão da Justiça abonha mais recursos da cidade. Foto de Andris Bovo
 
Meta do prefeito Carlos Grana é acabar com problema deixado por Aidan Ravin até 2015
 O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), pagará até o fim do ano metade da dívida de R$ 117 milhões deixada pelo seu antecessor, Aidan Ravin (PTB). “A diretriz geral é de que neste primeiro ano eu consiga equacionar em 50% essa dívida e trabalhar no segundo ano para pagar 25% e no terceiro ano mais 25%. A expectativa é de que chegue no último ano de governo com essas dívidas equacionadas”, disse.

O prefeito afirmou ser essa sua expectativa desde que não haja imprevistos.  “Não sabemos o comportamento da economia, dos gastos. Temos de olhar dia a dia, mês a mês, para que possamos equacionar as dívidas herdadas”, afirmou.

Grana revelou no início do ano rombo de R$ 110 milhões deixado por seu antecessor.  Para sanar o déficit, o petista determinou uma economia de cerca de R$ 500 milhões no Orçamento deste ano.
A maior dívida recebida por Grana foi no setor da Saúde: R$ 18,7 milhões. Na sequência, apareceu a Craisa com R$ 17 milhões. Outros débitos foram na Assistência Social: R$ 6,2 milhões; pagamento de obras em andamento na educação: R$ 5,5 milhões; depósitos insuficientes de precatórios: R$ 3,6 milhões (precatórios são dívidas judiciais por desapropiações ou de processos trabalhostas do funcionalismo, por exemplo) ; contas de água atrasadas: R$ 3,7 milhões e despesas sem previsão de que seriam gastas: R$ 2 milhões.
Mais aperto
No entanto, a dívida aumentou para R$ 117 milhões porque semana passada o TCE (Tribunal de Contas do Estado) cobrou mais R$ 7 milhões de dívidas de precatórios deixadas pelo ex-prefeito Aidan.
De acordo com o secretário de Orçamento e Planejamento da Prefeitura, Alberto Alves de Souza, a Prefeitura depositava 3,27% de sua receita em na Justiça exclusivamente para pagamento de precatórios, mas o índice deveria ser de 4,27%. De 2010 até novembro do ano passado foram depositados R$ 109 milhões.

Prefeito diz que decisão do STF sobre precatório prejudica cidade
A recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que considerou ilegal nova legislação que possibilitou o parcelamento dos precatórios em 15 anos será muito prejudicial para Santo André na avaliação do prefeito Carlos Grana (PT).

Para o chefe do Executivo, a falta de parcelamento prejudicará a cidade e interromperá novos investimentos, caso a decisão seja mantida em definitivo pelo STF.

“No caso de Santo André, nós estávamos dentro do que havia de planejamento, uma situação confortável, mas com a decisão do Supremo criou-se um grande vazio, nem  o próprio STF nos reponde o que vai no lugar”, afirmou o prefeito.

Grana disse que o pior desastre seria ocorrer novamente a justiça bloquear o caixa da prefeitura, pois comprometeria o município e levaria ao caos. “Imagina uma cidade do tamanho de Santo André, com 13 mil funcionários públicos e milhares de compromissos que você precisa honrar com fornecedores, com as crianças, merenda, saúde, seria um caos. A dívida de precatório de Santo André gira em torno de R$ 1 bilhão, quase um orçamento de recursos arrecadados pelo município”, concluiu.